Hulk Hogan, ícone imortal do wrestling mundial, morre aos 70 anos e deixa legado inesquecível no desporto e na cultura pop
O mundo do
entretenimento e do desporto perdeu um dos seus maiores ícones: Hulk Hogan,
lendário lutador norte-americano, morreu nesta semana aos 70 anos. A notícia
chocou fãs de várias gerações e mobilizou uma onda de homenagens em todo o
planeta.
Conhecido
pela sua personalidade extravagante, músculos imponentes, bandana colorida e
grito de guerra inesquecível — “Whatcha gonna do when Hulkamania runs wild on
you?” — Hogan foi muito mais do que um simples atleta. Foi símbolo de uma era,
referência de cultura pop nos anos 80 e 90, e rosto de uma revolução mediática
que transformou o wrestling num fenómeno global.
Uma vida dedicada ao ringue
Nascido como
Terry Gene Bollea em 1953, em Augusta, na Geórgia (EUA), Hogan começou a sua
carreira no wrestling profissional no final da década de 1970. O estrelato
chegou com o surgimento da World Wrestling Federation (WWF, hoje WWE), onde
Hogan se tornou o rosto mais reconhecido da modalidade. A sua estreia oficial
na WWF em 1983 marcou o início da era “Hulkamania”, que rapidamente se espalhou
pelos Estados Unidos e pelo mundo.
Durante as
décadas de 80 e 90, protagonizou combates históricos com lendas como André the
Giant, The Ultimate Warrior, Randy Savage, Ric Flair e The Undertaker. No auge
da sua carreira, Hogan foi cinco vezes campeão mundial da WWF e também brilhou
na WCW (World Championship Wrestling), onde voltou a conquistar o título e fez
parte da icónica stable NWO (New World Order).
Ícone cultural e mediático
Hulk Hogan
transcendeu os ringues. Participou em filmes, séries e talk shows, emprestando
sua imagem a produtos, campanhas e eventos. Tornou-se uma figura querida até
mesmo para quem não acompanhava wrestling. Apareceu em filmes como Mr. Nanny,
Suburban Commando e Rocky III, ao lado de Sylvester Stallone, interpretando
o temível Thunderlips.
Era presença
constante em programas de televisão e até teve seu próprio reality show (Hogan
Knows Best), exibindo sua vida familiar e aumentando ainda mais sua
proximidade com o público.
Problemas pessoais e reabilitação de imagem
A carreira
de Hogan não foi isenta de polémicas. Enfrentou problemas judiciais, escândalos
mediáticos, separações públicas e até um processo por racismo, que abalou sua
imagem em 2015. Contudo, com o tempo, conseguiu recuperar parte da sua reputação
e reconquistar o carinho de muitos fãs.
Nos últimos
anos, vinha se dedicando a eventos nostálgicos, participações especiais em
programas da WWE e projetos de negócios, como ginásios e suplementos
alimentares.
Causa da morte e reações
Até ao
momento, não foram oficialmente divulgadas as causas da morte. A família pediu
privacidade neste momento delicado. Diversas personalidades do wrestling e da
indústria do entretenimento já prestaram homenagens nas redes sociais.
O presidente
da WWE, Triple H, escreveu: “Perdemos hoje o maior de todos os tempos. Hulk
Hogan não era apenas um nome — era uma força cultural. Obrigado por tudo,
irmão.”
John Cena,
um dos sucessores espirituais de Hogan, afirmou: “Nunca teríamos chegado onde
estamos sem o caminho que ele abriu. Que descanse em paz o verdadeiro ícone.”
Um legado eterno
Hulk Hogan
deixou um legado que vai muito além das vitórias e títulos conquistados. Ele
ajudou a transformar o wrestling num espetáculo multimilionário e global.
Tornou-se uma referência para milhares de jovens, influenciou gerações de
atletas e ajudou a elevar o status do entretenimento desportivo.
Hoje, a
comunidade de fãs, colegas e admiradores despedem-se não só de um campeão, mas
de uma lenda que vive eternamente na memória coletiva do desporto e da cultura
popular mundial.